PF investiga suspostas fraudes na previdência social de Paulínia em SP
Foto: Agência Brasil
A Polícia Federal está investigando supostas fraudes na previdência social de Paulínia, cidade no interior de São Paulo. O esquema teria desviado 190 milhões de reais de recursos do Instituto Pauliprev, a autarquia municipal responsável por gerir a previdência social do município.
A ação deflagrada nessa quinta-feira pela Policia Federal foi batizada de Operação Falsus e um dos investigados é o ex-prefeito José Pavan Junior. Ele foi prefeito da cidade por cinco mandatos. O último entre 2013 e 2016. Ele é acusado de ter recebido 300 mil reais em troca do controle da Pauliprev. Isso teria acontecido em 2015.
No mesmo ano, já com o novo presidente, nomeado após a suposta negociação com o prefeito, a autarquia fez duas aplicações em um fundo de alto risco, conhecido meio financeiro como fundo podre, no valor de 85 milhões de reais. Somando com investimentos feitos em 2013, esse fundo de risco passou a responder por cerca de 12% de todo o patrimônio da autarquia.
Boa parte do dinheiro teria sido usado na aquisição de debêntures emitidas por uma empresa controlada pelo ex-empregador do então presidente da autarquia, e parte dos lucros remetidos ao exterior. A polícia também suspeita do pagamento de comissão para servidores públicos, o ex-prefeito e para gestores do fundo de investimento.
A Polícia Federal não informou o nome do diretor da Pauliprev nomeado à época. Se comprovado, o esquema configura crime contra ao Sistema Financeiro Nacional e os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa e gestão fraudulenta. Nessa quinta-feira foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Paulínia, Louveira e Sumaré, todas cidades do interior de São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro.
Em nota, o Instituto Pauliprev disse que, como o processo corre em segredo de justiça, não tem informações para emitir uma posição sobre as acusações, e ressaltou que os mandados de busca e apreensão tiveram como alvo as residências dos acusados e não envolvem os atuais gestores do Instituto. Nós tentamos contato com o ex-prefeito José Pavan Junior mas não tivemos retorno.
*Com informações da Rádio Nacional (SP)
