Em meio à pandemia, um alerta para os riscos e desafios do tabagismo
Apesar da diminuição do número de fumantes no país, que caiu de 34% em 1989 para 12% da população em 2019, dados do IBGE indicam que mortalidade provocada pelo tabagismo ainda é grande. Em 2020 foram registradas 161 mil mortes por consumo de tabaco, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA.
Nesta segunda-feira, 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, data que a Organização Mundial de Saúde aproveita para lembrar a necessidade de superar a dependência do tabaco, que atinge 780 milhões de pessoas no mundo. A coordenadora de prevenção e vigilância do INCA, Liz Almeida, diz que as consequências do tabagismo são as doenças cardíacas e pulmonares, como câncer, além do grande risco de acidentes vasculares cerebrais, os derrames. A médica reforça que o uso do cigarro pode agravar um caso de covid-19, que é uma doença respiratória.
Mas, com a pandemia, algumas pessoas tomaram a iniciativa de parar de fumar. Ana Klein, de 51 anos, fala que enfrenta a dificuldade em largar o vício e que achou melhor parar para preservar a saúde. A médica Nancylene Melo , referência técnica em tabagismo no SUS do Distrito Federal, diz que o desafio do momento é enfrentar, ao mesmo tempo, a pandemia da covid e o tabagismo, devido ao aumento de estresse e ansiedade.
Os benefícios de parar de fumar são percebidos no mesmo dia com a melhora da pressão e oxigenação. Já o olfato, paladar e a respiração melhoram em alguns dias. Em um ano sem cigarro, o risco de infarto reduz pela metade. Lembrando que todo brasileiro consegue tratamento contra o tabagismo pelo SUS. As informações sobre como se tratar podem ser buscadas nas unidades básicas de saúde em todo país.
Com informações da Rádio Nacional de Brasília