novembro 20, 2024

Abertura das Olimpíadas de Paris 2024 tem Drags Queens debochando do Cristianismo

Na última sexta-feira, 26 de julho, Paris deu início às Olimpíadas de 2024 com uma cerimônia de abertura que ficou marcada por uma combinação de arte, polêmica e protestos.

O evento teve início com um espetáculo de três horas no Rio Sena, que culminou com a pira olímpica sendo acendida por Teddy Riner e Marie-José Pérec, ícones do esporte francês.

A cerimônia, que contou com a presença de cerca de 320 mil espectadores, teve sua primeira grande surpresa com o desfile das 205 delegações em barcos pelo Sena, além de apresentações artísticas ao longo do rio, mesmo sob a chuva parisiense.

Entre os destaques do evento, a cantora norte-americana Lady Gaga fez um show, cantando em francês e tocando piano na île Saint-Louis, próximo à Catedral de Notre-Dame.

No entanto, foi uma performance de drag queens que gerou controvérsia. Em uma apresentação que parodiava a famosa obra “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, as drag queens usaram a referência para uma performance que dividiu opiniões.

A escolha de temas associados ao “estilo woke” termo que denota uma suposta consciência crítica sobre questões sociais e políticas acabou gerando uma reação negativa entre o público global. A cerimônia foi percebida por muitos como um reflexo de decadência e deselegância, com elementos que foram interpretados como um deboche da fé cristã, distantes do glamour e sofisticação que se esperava do evento.

Outras atrações também marcaram presença, como a canadense Céline Dion, que fez sua estreia no palco depois de um período afastada devido a um raro distúrbio, e as performances da cantora maliana Aya Nakamura e da banda francesa Gojira.

Além das celebrações, o evento não escapou de protestos. A delegação argelina usou a cerimônia para lembrar as cicatrizes do colonialismo francês, lançando uma rosa no Sena em memória ao massacre de 1961, ocorrido antes da guerra de independência da Argélia.

A cerimônia de abertura de Paris 2024, que tinha tudo para ser um evento que promovesse a união e a paz entre os povos, acabou por acirrar ainda mais as discórdias e tensões culturais e sociais contemporâneas.

Em meio às críticas e à percepção de desrespeito à fé religiosa, as autoridades francesas deveriam considerar medidas adequadas para lidar com as situações que mancharam o prestígio do evento olímpico.

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