Brasil começa a testar vacina BCG contra a covid-19
A vacina BCG, que previne formas graves de tuberculose em crianças, começou a ser testada no Brasil para evitar a covid-19. Mil profissionais da área da saúde serão vacinados em dois meses, e serão acompanhados por até um ano para a coleta de dados da pesquisa.
A iniciativa é do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações, que investiu R$ 1 milhão nos ensaios clínicos, por meio do programa Redevírus MCTI.
Segundo o Ministério, a investigação sobre a eficácia da BCG contra o novo coronavírus partiu de dados que mostram menor incidência da covid-19 em países que mantém a aplicação constante da vacina, na comparação com outros que suspenderam o uso da BCG.
O ministro Marcos Pontes acompanhou os procedimentos iniciais da pesquisa, que será feita em dois hospitais no Rio de Janeiro – das Universidades Federal e do Estado – e também no Hospital Municipal de Barueri, em São Paulo.
Sendo aprovada a vacina, deverá ocorrer um aumento de produção, redistribuição e fornecimento à população. Atualmente, a BCG é aplicada nos primeiros dias de vida em dose única. O ministro destacou, no entanto, que ela não vai substituir a vacina contra a covid-19.
Marcos Pontes também inaugurou, nesta segunda-feira (5), as instalações do laboratório de campanha para testes diagnósticos no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A unidade vai ampliar a capacidade de exames da covid-19. Serão disponibilizados 300 testes moleculares do tipo PCR por dia, além da realização de exames sorológicos e antigênicos.
Ao todo, são 13 laboratórios de campanha por todo o país, que tiveram um investimento de R$ 35 milhões. As unidades vão ampliar a realização desses exames no Brasil, com um reforço de 100 mil procedimentos por mês.
*Com informações da Rádio Nacional/RJ/EBC