outubro 18, 2024

Entenda como funciona o golpe do WhatsApp clonado

Em uma série de crimes, golpistas têm clonado o WhatsApp de usuários e se passam pelo dono da conta para pedir que conhecidos da vítima façam uma transferência bancária emergencial.

Em 2019, o laboratório de segurança digital da empresa PSafe registrou 413.240 tentativas de clonagem do WhatsApp no Brasil, média de 47 por hora.

De acordo com a empresa PSafe, o golpe funciona assim: o hacker tenta entrar no WhatsApp com o número do alvo escolhido. Neste momento, um código de liberação é enviado pelo aplicativo para o celular da vítima. Tudo que o criminoso precisa fazer é dar um jeito de enganar a pessoa para que ela lhe diga o código.

Ao digitar o código de liberação, o criminoso passa a ter acesso ao WhatsApp e à lista de contatos do alvo clonado, mas não às mensagens trocadas antes da clonagem – essas ficam armazenadas no celular clonado. O dono real do aparelho perde o acesso à conta. Os bandidos então passam a abordar amigos da lista de contato do dono do celular, perguntando se estavam ocupados e pedindo que fizessem uma transferência.

DICAS

O WhatsApp recomenda a ativação da verificação em duas etapas. Se a conta foi roubada, é preciso entrar de novo no WhatsApp e inserir o novo código de segurança recebido pelo SMS. A pessoa que estiver usando a conta indevidamente será desconectada.

Porém, se o WhatsApp pedir o PIN (senha criada ao ativar a confirmação em duas etapas), então é possível que o golpista tenha ativado a medida de segurança. É preciso aguardar sete dias para poder acessar a conta sem o código. Não passe seu código de confirmação, recebido por SMS quando se instala o WhatsApp, por exemplo, para ninguém.

Troca de aparelho

Outro golpe comum que tem ocorrido com bastante frequência e menos engenhoso que o anterior, em que o hacker precisa conseguir o número de segurança, é quando o estelionatário, com um número frio, se passa por algum familiar.

Nesse caso, o golpista coloca como perfil do WhatsApp os dados de algum parente e, se passando pelo familiar, dispara mensagens avisando que teria trocado de número por algum motivo.

Após pedir para o familiar salvar o novo número, o golpista inicia a conversa e pede para transferir dinheiro ou pagar alguma conta que está em aberto, justificando estar sem dinheiro ou sem acesso a conta no momento. Nesse caso, sempre busque confirmar pessoalmente ou com chamada em vídeo com a pessoa antes de fazer alguma transferência. Também vale verificar se a conta para qual está transferindo o dinheiro realmente pertence ao familiar, caso contrário, fique alerta para o golpe.

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