Os erros de sempre no Esporte Clube Bahia

A torcida gigantesca do Esporte Clube Bahia, espalhada por todo o mundo, não está contente com as perspectivas futebolísticas para o ano em curso. Março chegando e o elenco do Bahia, bastante limitado (tecnicamente) ainda não foi reforçado para a viabilização de um ano de grandes conquistas para um time que, segundo o seu slogan, `´nasceu para vencer. “

Mesmo com um orçamento milionário e um time mais qualificado, em 2021, o Bahia não conseguiu se manter na elite do futebol nacional, perdeu os seus principais jogadores e o elenco atual, com honrosas exceções, não possui a qualificação exigida para, sobretudo, a “ Série B , “ que deve ser a prioridade do tricolor soteropolitano.

Com fraca campanha no “ Baianão,“ uma vitória, três empates e uma derrota, o treinador Guto Ferreira, com elenco de qualidade insatisfatória, não deve estar dormindo tranquilamente desde o início da temporada. Faltam quatro jogos para finalizar a fase classificatória e o time não evidencia um futebol confiável e bonito (salvo em alguns momentos de algumas partidas).

O presidente Guilherme Bellintani, responsável maior pelas péssimas contratações dos últimos anos, político profissional e `´ presidente “ do glorioso time baiano, continua alegando dificuldades financeiras e coisas tais para justificar a impossibilidade de contratações de melhor qualidade. Até parece que a pandemia mundial da COVID-19 só atingiu à nonagenária agremiação baiana.

Desculpas, de sempre, com o tempo passando e as contratações de qualidade, ainda não concretizadas, e os resultados insatisfatórios estão deixando a apaixonada torcida do “ campeão dos campeões “ bastante preocupada e desmotivada. Marketing e desculpas repetitivas não trarão dias melhores para a maior torcida local do Nordeste voltar a sorrir com um bom futebol.

Rodallega, Danilo Fernandes, Luiz Octávio, RaÍ Nascimento, Daniel e Gustavo Henrique são os remanescentes mais qualificados do time de 2021. Nino Paraíba, German Conti, Rossi, Gilberto e Índio Ramirez ficarão na memória da torcida mais apaixonada do Nordeste.

O Bahia precisa de craques para, sobretudo, o meio de campo. Os torcedores, com mais de 50 anos de idade, sentem saudades dos grande craques Douglas Franklin, Leandro, Elizeu e Fito Neves. Mais recentemente, saudades de Zé Rafael, Régis e Thaciano (caíu como uma luva no tempo em que jogou na Bahia).

O presidente Bellintani insiste em contratar volantes. Das contratações de 2022, William Maranhão, Luiz Henrique, Djalma Silva e Resende ainda não conquistaram a confiança plena da torcida tricolor. Jonathan, lateral direito, não foi aprovado pelo treinador Guto Ferreira. Está faltando dinheiro ou faltando competência para a contratação de jogadores de melhor qualidade técnica ?

A paciência da torcida do Bahia está quase no final. Março chegando e o time com os mesmos erros e as desculpas de sempre. Menos desculpas e mais atitudes inteligentes. O bom senso demonstra que está faltando bom senso no cotidiano do primeiro clube brasileiro a disputar a `´ Libertadores da América `´ em 1960. Hora de mudanças radicais. No mais, tenho dito !

Ruy Matos: presidente e editor do A FOLHA DE NORDESTINA. Jornalista e comentarista esportivo na Região do Sisal Baiano.