Seis estados e DF estão com mais 80% de ocupação de leitos UTI Covid
Seis estados mais o Distrito Federal estão em alerta crítico na ocupação de leitos de UTI para Covid-19, com mais de 80% de lotação. Outros doze estados estão em alerta intermediário, entre 60 e 80% de ocupação dos leitos. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior ocupação dos leitos de UTI Covid, com 98% de lotação. Os estados que também estão em alerta crítico são: Rio Grande do Norte, Piauí, Goiás, Pernambuco, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, todos eles com uma taxa de ocupação entre 80% e 83%.
Ainda segundo a Fiocruz, na última semana, doze unidades da federação apresentaram um aumento de pelo menos 5% na ocupação dos leitos. Novamente, o Distrito Federal foi o que apresentou a maior variação, saltando de 75% para 98% nesse quesito. A fundação ressaltou que o quadro geral da pandemia está piorando em todo o país.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, a ocupação rápida dos leitos de UTI Covid em todo o país está relacionada à predominância da variante Ômicron, que é muito mais transmissível o que aumenta o número de hospitalizações.
O médico lembrou que a variante Gama, que surgiu em novembro de 2020, já causou um colapso no sistema de saúde, levando à morte de muitos pacientes que ficaram sem vaga de internação. Para Juarez Cunha, é preciso impedir a formação de listas de espera nos leitos de UTI Covid para que a situação não se repita.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações afirma que o poder público precisa abrir novos leitos de UTI Covid, ou reabrir os que foram fechados. Mas ele ressalta que a população também precisa fazer a sua parte para evitar um aumento nas mortes causadas pela variante Ômicron. Além da vacina, a população deve continuar a usar máscara e a lavar as mãos.
Com o aumento na ocupação de leitos de UTI Covid, estados como o Mato Grosso e o Rio de Janeiro já suspenderam as visitas a pacientes internados nos hospitais estaduais — para minimizar o risco de novos contágios em ambiente hospitalar.
*Com informações da Rádio Nacional DF