Agrotóxico associado a mal de Parkinson é banido do Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, confirmou o banimento do agrotóxico Paraquate no Brasil a partir do próximo dia 22 de setembro.

A decisão foi tomada nesta terça-feira, por maioria dos diretores do órgão. Com isso, o produto não poderá ser produzido ou usado no país, além da proibição da importação da substância.

Evidências levantadas pela Anvisa mostram que a utilização do Paraquate poderia causar mal de Parkinson e mutações genéticas, principalmente nos empregados que trabalham na aplicação da substância.

Parlamentares, fabricantes e agricultores já haviam solicitado a prorrogação do banimento por mais um ano para que novas pesquisas fossem concluídas.

Fabricio Rosa, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, a Aprosoja, em manifestação enviada para a Anvisa, pediu mais prazo para que novos estudos financiados pelos produtores sejam concluídos.

Karen Friedrich, biomédica e representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Abrasco, reforçou a necessidade de proibição do Paraquate.

A decisão pela proibição deste agrotóxico a partir de setembro de 2020 já havia sido tomada em 2017. Mas a utilização do Paraquate já era proibida em algumas culturas de frutas e hortaliças, como abacaxi, couve, beterraba, uva e pêssego.

O produto é aplicado nas plantações de soja, algodão, arroz, cana-de-açúcar, batata, entre outras. Na próxima semana a Anvisa deve definir regras para o uso do estoque do Paraquate comprado pelos agricultores para a próxima safra.

*Com informações da Rádio Nacional em Brasília/Foto: EBC

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