Alta dos alimentos pressiona inflação das famílias de baixa renda


O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1, que mede a inflação para as famílias que vivem com até 2 salários mínimos e meio por mês subiu 0,55% em agosto e ficou acima de julho, quando a taxa foi de meio por cento. Com esse resultado, divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas, o indicador acumula alta de 2,22% no ano e de 3,08% nos últimos 12 meses.

De acordo com a FGV, a alta de agosto foi puxada pelo avanço nos preços dos alimentos, como leite, tomate e arroz; além de artigos de higiene e cuidado pessoal, cursos formais e de reajustes nas tarifas dos serviços bancários.

Mas, para o economista da Fundação, André Braz, o maior desafio para as famílias mais pobres continua sendo o preço dos alimentos, que tem o maior peso em seus orçamentos.

Braz destaca, ainda, o aumento dos preços de produtos como leite e seus derivados. Para o economista, a expectativa é que o IPC C1 continue em elevação porque os alimentos devem continuar subindo nos próximos meses. Ele alerta ainda que a alta não se deve ao aumento de demanda, mas sim por um choque de oferta e pelos efeitos do câmbio sobre os alimentos.

No mês de agosto, a inflação para os mais pobres ficou mais alta do que para todo o país, medida pelo IPC-BR, que variou 0,53%.

*Com informações da Rádio Nacional no Rio de Janeiro/EBC

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