Cadastro Nacional de Adoção tem cinco mil crianças


Há 38 anos, a jornalista Gabriella da Matta foi adotada junto com o irmão gêmeo, poucos dias depois que eles nasceram. Hoje, ela conta com alívio que, por muito pouco, os dois não foram adotados por famílias separadas.

Gabriella teve sorte: crianças com irmãos costumam ter mais dificuldades para encontrar uma pessoa que adote a todos.

Atualmente, o Cadastro Nacional de Adoção possui 5 mil crianças à espera de uma família, e 30 mil pessoas que desejam adotar. O sub-gestor nacional das Aldeias Infantis Brasil, Sérgio Eduardo Marques, explicou que a adoção não acontece porque essas pessoas estão atrás de um perfil idealizado: bebês de até dois anos de idade, do sexo feminino, brancas, e sem irmãos.

Sérgio disse que quem não se encaixa nesse perfil fica em abrigos à espera de uma família. Quanto mais o tempo passa, maior a criança fica e, menores são as chances de adoção. Para Isabely Fontana da Mota, que é pesquisadora e integrante do grupo de gestão do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, a formação do vínculo entre a família e a criança é um processo que independe desses fatores.

Ela explica que a adoção é um processo que sempre implica em desafios a serem superados. No Brasil, qualquer pessoa maior de 18 anos pode se cadastrar para adotar uma criança independentemente do estado civil, da orientação sexual ou de outros fatores. A única exigência é que haja uma diferença mínima de 16 anos entre a idade de quem adota e a idade da criança.

Quem tiver interesse em adotar ou em saber mais sobre o processo de adoção pode procurar a Vara de Infância e Juventude do seu município. Materiais informativos sobre o assunto também estão disponíveis online no site do Conselho Nacional de Justiça, na aba Programas e Ações.

*Com informações da Rádio Nacional DF

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