Doação de órgãos é um ato de generosidade para com o próximo

Adilson Santos Ferreira é Colunista do Jornal O Brasil Digital

Vamos tratar neste artigo sobre a importância da doação de órgãos, tecidos e células, com vistas a incentivar as pessoas a conversarem com seus familiares e amigos sobre o assunto, pois a ação só ocorre com autorização dos parentes mais próximos.

Alguns estudos apontam três motivos principais para a alta taxa de recusa familiar, como incompreensão sobre o diagnóstico de morte encefálica e, portanto, de entender que a pessoa faleceu; falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião. Mas, esta postura pode ser mudada com compaixão e solidariedade. 


Doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam. É fundamental que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Doar órgãos é doar vida.


A legislação determina que a família é a responsável por essa decisão. Isto significa, que a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não tem valor legal. Mas, pode ajudar a família a saber a vontade do seu parente falecido.


O que é o transplante de órgãos e tecidos?


O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou falecido.


Doador Vivo

A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.

Quem pode doar em vida?

O médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Quais os órgãos/tecidos podem ser obtidos de um doador não vivo?

Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.

Tecidos: córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Ou seja, um doador falecido consegue beneficiar mais de uma pessoa que está aguardando por um órgão ou tecido, e com isso, possibilita qualidade de vida ao receptor.

Quem recebe os órgãos/tecidos doados?

Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e por meio do seu registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis.

A lista de espera é um sistema que busca organizar os potenciais receptores por prioridade clínica, priorizando os indivíduos mais graves e mais compatíveis com o órgão a ser doado.
Fonte de pesquisa: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *