Em 40 anos, projeto Tamar soltou 40 milhões de tartarugas ao mar


São 40 anos de trabalho intenso para preservar e cuidar das tartarugas marinhas que, se lá no início, eram ameaçadas de extinção, hoje somam 40 milhões de animais soltos no mar. O Projeto Tamar está celebrando 4 décadas com várias atividades previstas para 2020. 

Foi em 1980 que um grupo de estudantes de  oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande , no sul do País,  presenciou  em ilhas e arquipélagos como Abrolhos, Fernando de Noronha e Atol das Rocas pescadores abatendo tartarugas.

A reação deles  acabou de transformando no embrião que hoje é o Tamar. Quem nos conta um pouco dessa história é a oceanógrafa Neca Marcovaldi, coordenadora de pesquisa e conservação do Projeto e uma de suas  fundadoras. 

Foram dois anos iniciais de trabalho para  mapeamento de quase 8 mil quilômetros do litoral brasileiro. E, se no começo a tarefa quase impossível contou com quatro sonhadores,atualmente, com o apoio da Petrobras, o projeto gera 1,8 mil oportunidades de emprego, sendo 700 diretos com carteira assinada, E consegue se manter com 70% de recursos próprios.

Os resultados foram tão positivos, que o projeto deu cria. O primeiro biólogo formado pelo Programa Tamarzinho- um desdobramento do Tamar, voltado para crianças na Praia do Forte, Claudemar Santanna lembra do tempo em que a comunidade não dispunha de profissionais habilitados na defesa ambiental.

Ex-pescador, Antônio Mendes Vieira está no projeto Tamara há 33 anos. Ele vem de um tempo em que a desova era muito pequena na região, e as tartarugas eram usadas pela comunidade local para alimentação. Hoje, seu Antônio comemora o fato de, assim  como ele, outros pescadores se dedicarem às atividades de preservação.

Na última sexta-feira (13) , foram soltos, diante de dezenas de turistas e moradores locais, 101 animais recém-nascidos. na Praia do Forte, em Mata de São João, na Bahia, a cerca de 80 quilômetros de Salvador. No local, está a principal estrutura do Projeto Tamar no país.

São pequenas tartarugas que haviam nascido em algum ponto do litoral nordestino e não conseguiram deixar a ninhada rumo ao mar correndo risco de vida. Após serem coletadas para identificação da espécie, puderam finalmente se encontrar com o oceano.

Apenas uma em cada mil tartarugas marinhas chega à fase madura, que se inicia por volta dos 30 anos. Por isso, a sobrevivência das espécies depende da sua capacidade de conseguir gerar um volume grande de novas vidas. E cada uma delas é uma vitória.

Com informações da Agência Brasil – RJ

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