Gás de cozinha sobe mais que o dobro da inflação em 2020


Depois da inflação dos alimentos, o brasileiro enfrentou uma nova pressão sobre os preços no fim de 2020. Segundo o IBGE, o gás de cozinha encerrou o ano com alta de 9,2%. Isso representa mais que o dobro da inflação de 4,5% pelo IPCA registrada no ano passado.

Usado principalmente pelas famílias mais pobres, que vivem em domicílios com menor estrutura, o gás de cozinha terminou em alta na comparação com outros tipos de combustível. O gás encanado, usado pelas famílias de maior renda, terminou com recuo de 1,3%.

A alta no preço do botijão se reflete na demanda. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o consumo do botijão de 13 quilos caiu 20% na última semana de dezembro, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar da redução da demanda, o professor da FGV, Mauro Roxinho, disse que o consumidor tem pouco poder para forçar uma redução no preço. Isso porque o gás tem o valor determinado pelos fatores externos, como o dólar e o preço internacional do petróleo.

Como sugestão para conter a alta gás, o presidente Jair Bolsonaro defendeu no início da semana a realização de estudos para ampliar o número de engarrafadoras, que são as empresas especializadas em encher botijões vazios.

O Ministério da Economia defende a aprovação, pelo Congresso, a aprovação do marco regulatório do gás. Segundo a pasta, a medida pode baratear o botijão, pois o gás de cozinha tem 20% de gás natural em sua composição.

*Com informações da Agência Brasil – Foto/EBC

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