Isolamento social e alteração da rotina podem afetar dia a dia de crianças com autismo


Praticar o isolamento social com crianças não é fácil. A rotina antes estabelecida já não existe mais e os pais têm que se desdobrar para entreter os pequenos. No caso de crianças com autismo, a situação é ainda mais difícil. Pois sem a rotina, elas podem ter picos de estresse e expressar isso com choros e gritos mais prolongados.

 A servidora pública Débora Argelim é mãe do Gabriel, de 7 anos e que tem transtorno do espectro autista. Sem as aulas, a natação ou as atividades terapêuticas, a criança teve dificuldade com a nova rotina. As crises do Gabriel fizeram com que a família recebesse, durante a pandemia, a visita da Polícia Militar em seis ocasiões motivadas por denúncias de maus-tratos.

A mãe do Gabriel conta que avisou toda a vizinhança da condição do filho, mesmo assim acabava recebendo a visita de autoridades. Essa situação levou o 1º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal a avisar todos os agentes da situação da família, que chegou a receber uma carta do comandante local da PM se solidarizando com o pequeno Gabriel e lamentando o comportamento de alguns vizinhos, que continuavam denunciando a cada crise do garoto.

A psicóloga Caroline Cabral, que atende crianças com autismo, recebeu muitos relatos de crises durante a pandemia por causa da alteração na rotina dessas crianças. A psicóloga alerta que as comunidades devem buscar acolher essas famílias com compreensão.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado, principalmente, por dificuldades de comunicação e interação social e requer a intervenção de especialistas para contornar as dificuldades de comportamento e adaptação dessas crianças.

*Com informações da Rádio Nacional em Brasília

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