Pessoas brancas recebem remuneração até 70% maior que pretas e pardas


Pessoas pretas e pardas, que compõem a população negra do País, são maioria entre trabalhadores informais, e em atividades com menor remuneração.

Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. O estudo analisa o reflexo da economia no mundo do trabalho, e as condições de vida da população, no período de 2012 a 2019.

De acordo com o indicador, a presença de trabalhadores pretos e pardos é mais acentuada nas atividades de agropecuária, construção e nos serviços domésticos.

O levantamento também mostra que a diferença salarial entre negros e brancos pode chegar a mais de 40%, se considerado o nível de escolaridade do trabalhador, como explica o coordenador da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, João Hallak.

Sonora: “A população ocupada branca recebe quase 70% a mais que a população preta ou parda. E isso reproduz em qualquer que seja o nível de instrução que seja considerado. Nos três primeiros, do sem instrução ao médio completo ou superior incompleto, a população branca recebe mais que a população preta ou parda. E no nível superior completo, essa diferença é ainda maior, chegando a 44,7%.”

Já em relação à informalidade dessa parcela da população no mercado de trabalho, ela é superior nas regiões Norte e Nordeste. Em 2019, Pará, Maranhão e Piauí foram os estados que apresentaram maiores percentuais de pessoas em ocupações informais.

Os dados do IBGE mostram, ainda, que as desigualdades no mercado de trabalho têm reflexos nas condições de moradia.

Enquanto em 2019 cerca de 13 milhões de brasileiros brancos viviam em domicílios com algum tipo de inadequação, como falta de regularização do imóvel ou residência mal construída, a proporção sobe para mais de 31 milhões entre os negros e pardos.

*Com informações da Rádio Nacional/RJ/EBC

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