Safra de 2021 deve superar recorde de 2020; soja será o carro-chefe


A produção brasileira de alimentos deve registrar o terceiro recorde consecutivo este ano. A estimativa do IBGE é que o campo vai produzir 260,5 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação a 2020.

Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgados nesta quarta-feira. E mostram também que a estimativa final para a safra de 2020 chegou a 254,1 milhões de toneladas, e superou em 5,2% o recorde alcançado em 2019.

A soja continua como o carro-chefe da produção agrícola. A expectativa é que haja um aumento de 8,2 milhões de toneladas em relação ao que foi colhido em 2020. Já o milho deve registrar uma queda de 15%, ou seja, menos 1,5 milhão de toneladas em relação ao ano passado.

Para o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas, os preços mais compensadores da soja, em relação ao milho, estimularam os produtores a ampliar suas áreas de cultivo da oleaginosa, que neste ano deve representar mais de 57% da área total utilizada para o plantio de grãos.

Ao contrário, a produção de algodão, após três anos de recordes, deve cair 0,6% em relação ao que foi colhido em 2020. Barradas explicou que a safra de algodão vinha crescendo para atender à demanda internacional na confecção de roupas. Mas, com a pandemia da covid-19, essa demanda caiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra.

Para o arroz, a previsão é de um aumento de 0,8% na produção em relação ao prognóstico anterior, mas ainda há uma queda em relação a 2020. A recuperação, segundo o especialista do IBGE, está associada à decisão do governo de zerar as tarifas de importação para conter os preços do produto, que no ano passado atingiram patamares muito elevados. E, lembrou que, somente o Rio Grande do Sul, é responsável por quase 70% da produção brasileira.

*Com informações da Rádio Nacional/RJ – Foto: EBC

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