Volta às aulas presenciais em SP tem baixa adesão de estudantes
O ano letivo começou nas escolas públicas estaduais de São Paulo com greve dos professores. Segundo a Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 15% dos profissionais aderiram à greve.
Apesar da baixa adesão, para o sindicato, a paralisação foi positiva e coincide com o receio que muitas famílias têm tido em ver os estudantes de volta às atividades presenciais.
A presidente da Apeoesp, Bebel Noronha, estima que a proporção de alunos que compareceram às aulas ficou bem abaixo do limite estabelecido pelo governo, de 35% de estudantes por sala de aula.
O sindicato argumenta que a maioria das escolas públicas do estado não consegue cumprir os protocolos de segurança. Por isso, vem pedindo que as atividades presenciais sejam retomadas somente quando os funcionários de cada escola, incluindo os professores, sejam vacinados.
Já o secretário de Educação do estado, Rossieli Soares, diz que a adesão à greve foi baixa, e não impediu as atividades presenciais em nenhuma das 4,5 mil escolas autorizadas a retomar as aulas.
Dos 3,3 milhões de alunos da rede pública estadual, cerca de 3 milhões já estão autorizados a retomar as atividades presenciais. Mas ao contrário dos professores, o retorno não é obrigatório para os estudantes, que podem acompanhar as aulas na modalidade de ensino à distância (EAD). Apesar da greve, os professores não interromperam as atividades remotas.
Nesta quarta-feira (10), será realizada uma nova assembleia. Estudantes, funcionários e familiares também estão sendo convocados.
*Com informações da Rádio Nacional em São Paulo/Foto: EBC