Alianças Eleitorais e os Anseios Populares: Reflexões sobre a Política em Rio Branco, Acre

A dinâmica política na capital acreana tem sido marcada por um fenômeno intrigante: políticos que, durante suas gestões, travam embates intensos e constantes, encontram-se lado a lado em alianças eleitorais, aparentemente deixando de lado questões éticas e morais.

Essa realidade tem gerado questionamentos sobre a verdadeira representatividade dessas alianças e sua capacidade de atender aos anseios da população. 

Recentemente, chamou atenção a possível aliança entre o Partido Progressistas e o PL para as eleições municipais em Rio Branco. A especulação aponta o secretário de governo, Alysson Bestene, como vice na chapa de Tião Bocalom, atual prefeito e candidato à reeleição.

Essa aliança, à primeira vista, parece contraditória, considerando o histórico de antagonismo entre aliados de Gladson, o próprio Gladson e o(s) Bocalom ao longo desses 4 anos travaram oposições ferrenhas. Contudo, é sabida as razões que explicam essa aparente contradição.

Segundo nossas apurações, essas alianças são muitas vezes motivadas pelo puro interesse político, sem levar em conta eventuais divergências pessoais ou ideológicas.

No entanto, o que mais preocupa a população são os resultados concretos dessas alianças. Enquanto os políticos negociam seus acordos, o povo clama por mudanças estruturais e pelo pleno atendimento de suas demandas sociais.

Um exemplo evidente é a recorrente falta de água na capital, um problema que persiste mesmo após quatro anos de gestão. A atual administração teve tempo suficiente para promover as reformas necessárias e melhorar esse serviço essencial à população.

Diante desse cenário, surge o questionamento inevitável: as alianças políticas firmadas apenas visando o poder serão capazes de se traduzir em resultados efetivos em favor da população?

A maioria das pessoas consultadas expressou ceticismo quanto a essa possibilidade. Para elas, as alianças baseadas apenas em interesses políticos tendem a priorizar as necessidades dos políticos em detrimento das demandas reais da sociedade.

Nesse contexto, fica evidente a necessidade de um maior engajamento e vigilância por parte dos cidadãos, a fim de garantir que as decisões políticas verdadeiramente reflitam os interesses e necessidades da comunidade. Somente assim será possível construir uma democracia mais transparente e responsiva aos anseios populares.

Francisco Silva (Dr. Luisinho) é Contador, formado em Direito, Teólogo e Colunista do Jornal O Brasil Digital.

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