Bolsonaro demite secretário da Cultura Roberto Alvim


O presidente, Jair Bolsonaro demitiu nesta sexta-feira (17), o secretário da Cultura do Governo, Roberto Alvim. Em nota divulgada à imprensa, o presidente afirmou que a permanência do secretário no governo ficou insustentável.

Nesta madrugada, Roberto Alvim divulgou um vídeo nas redes sociais em que fala sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes e sobre o que seria o ideal artístico para a pasta. A fala remete a trechos de um discurso do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels.

Bolsonaro classificou a fala de Alvim como um pronunciamento infeliz e reforçou o repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas, e declarou apoio à comunidade judaica. 

A Confederação Israelita do Brasil considerou inaceitável o uso de discurso nazista e lembrou que Goebbels foi um dos principais líderes do regime, que resultou no extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas.

Mais cedo os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, também repudiaram a declaração do secretário e pediram a demissão dele do cargo.

Para o ministro Dias Toffoli, a fala foi uma inaceitável agressão, uma ofensa ao povo brasileiro, em especial à comunidade judaica. Também em nota, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, afirmou que a única ideologia política admissível no Brasil é a democracia participativa que tem como princípio a liberdade de expressão.

Acrescentou que ideias nazifascistas são totalitárias e destroem a democracia. Antes da demissão, Roberto Alvim informou, em postagem no Facebook, que colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro e pediu desculpas pelo ocorrido, justificando que não sabia que a citação era nazista. Ele afirmou que tem profundo repúdio a qualquer regime totalitário e declarou absoluta repugnância ao regime nazista.

*Com informações da Rádio Nacional em Brasília/EBC

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