Vai a uma praia visitada por águas-vivas? Inclua na sacola um recipiente com vinagre
Protetor solar, bronzeador, toalhas… Mas já pensou acrescentar vinagre na sacola de levar para a praia? Pelo menos essa é a recomendação do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul para turistas e moradores que frequentam as praias do estado.
Isso porque os estoques que a corporação deixa com os salva-vidas estão esgotando rapidamente. O motivo? Aumento de queimaduras por águas-vivas, no Sul do país.
Segundo o comandante da primeira companhia de guarda-vidas do Corpo de Bombeiros do Rio grande do Sul, Major Lúcio Lemes, foram registrados mais de 38 mil casos de queimaduras em banhistas em treze dias, nas praias do estado. E a melhor forma de aliviar a dor e a ardência das queimaduras é mesmo utilizando o vinagre.
O major destaca que, mesmo não sendo possível evitar as queimaduras por águas-vivas, os banhistas podem ficar longe dos locais que estejam com infestação do animal. E, para facilitar a identificação, os guarda-vidas fincam, na areia, bandeirinhas de cor roxa. Mas caso o acidente aconteça, a recomendação é lavar com a água do mar, sem esfregar e aplicar o vinagre.
A bióloga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carla Osório, explica que esses animais não atacam os banhistas, mas como muitos migram, nesta época do ano para perto da costa que está cheia de banhistas, aumentam os casos de queimaduras, simplesmente porque as águas-vivas se esbarram nas pessoas.
A especialista explica que essa espécie de água-viva gosta de águas tropicais e, por isso, aparecem na região, durante o verão. No entanto, Carla Osório não descarta algum fenômeno que possa ter provocado a concentração desses animais.
As águas-vivas não possuem vértebras, podem ter várias cores e tamanhos e, nos tentáculos, liberam uma substância que provoca queimaduras, como forma de se defenderem de predadores. As queimaduras, nos humanos, não costumam ter gravidade, mas se ocorrerem em crianças ou causarem febre e calafrios, a recomendação é procurar o serviço médico.
Com informações da Rádio Nacional em Brasília/EBC